Os tapetes da Alessa- Fashion Rio Inverno 2012

Ontem aconteceu no Pier Maúa, no fashion Rio, o desfile da marca carioca Alessa. Uma dica da inspiração utilizada foi dada antes mesmo do desfile começar, tapetes persas de diferentes padronagens, cores e tamanhos cobriam a passarela. A confirmação surgiu quando as padronagens presentes nos tapetes estampavam digitalmente as modelos.

Anterirormente os tapetes persas eram produzidos apenas como prevenção contra o frio em países como Irã. Posteriormente principalmente após o século XVI, os tecelões começaram a tecer de modo a se expressar-se artisticamente, houve então um avanço na utilização de cores e padronagens na produção. Hoje além de inspirar as passarelas, os tapetes persas são considerados artigos de luxo, bem diferente do pensamento inicial proposto.

Bem próximo dessa tendência, talvez a mãe dela, está a moda dos lenços. Tradicionais da marca Hermès, que  vestiram principalmente a coleção de D&G verão 2012 desfilado em Milão em 2011. Se antes tapetes e lenços tinham sua utilizaçam previsivel agora elas formam um dos hits mais desejados e discursados do momento, nas revistas e nas ruas.

 

Papel da Arte?

Lembra do icônico desfile, ou melhor, performance apresentado por Jum Nakao em junho de 2004 no São Paulo Fashion Week, em que, ao final do desfile, modelos rasgaram elaboradas roupas feitas de papel vegetal confeccionadas em mais de 700 horas de trabalho?

Lembrou? Pois bem, o estilista Jum Nakao, brasileiro, não foi o primeiro nem será o último a desafiar a criatividade com o papel, confira outros exemplos tão impressionantes quanto:

A revista de moda L'Officiel convidou as artistas Alexandra Zaharova & Ilya Plotnikov  para produzirem um editorial de jóias em sua revista, o resultado chamou tanta atenção quanto as jóias. Vestidos inteiros produzidos com papel.

Zoe Bradley tem em seu portfólio exposições, campanhas publicitárias, trabalhos de decoração de vitrines da Missoni, Donna Karan e Harrods e peças desfiladas nas passarelas de Michiko e McQueen. Como se não bastasse, ainda assina editoriais de moda na Vogue e Tatler, entre outras. Ela é fera em construir camadas de drapeados, feitos de papel, que arrastam pelo chão encantando a todos.

Olha esse editorial produzido para à revista francesa Madame, clicado pelo fotógrafo Matthew Brodie que convidou alguns amigos para  inventar arte com papel:

Beleza Selvagem

Alexander McQueen (British, 1969–2010)

 

Alexander Mcqueen, gênio do século, um dos principais nomes da moda conceitual não colecionava criticas ruins, critica-lo seria fazer papel de ignorante e incapaz de apreciar o divino. Seu trabalho ia  além do consciente, da moda, era tudo completamente novo, com uma perfeição e cautela digna da perfeição.

Sua marca revolucionou o design de sapatos no Século XXI

Mcqueen não conhecia a palavra limite, utiliza qualquer tipo de material desde aço, couro e plantas até penas de aves, o resultado era muito além de fantasias, indumentária ou roupas. Suas obras representavam Deuses e seres fantásticos, algumas de suas obras eram uma espécie de Kimnara, figura metade homem e metade pássaro, presente na cultura hindu.

Inverno 2010, uma das últimas criações de Mcqueen

Verão 2010 de Mcqueen, última apresentação com o agradecimento de Mcqueen na passarela.

 

 

O estilista britânico abandonou a escola aos 16 anos para virar aprendiz em uma grife britânica. Sua carreira deslanchou em 1992, quando uma coleção sua foi comprada por 5 mil libras pela estilista, mecena, Isabella Blow, que se tornaria sua mentora e grande incentivadora. Infelizmente como grande parte dos gênios, ele partiu cedo, cometeu suicídio aos 40 anos em fevereiro de 2010, uma semana após a morte de sua mãe.

Um ano após sua morte foi realizada uma mega exposição de sua obra em NY. O Metropolitan Museum Of Art recebeu Alexander McQueen – Savage Beauty um dos recordes de público do museu, foram mais de 600 mil visitantes. O próximo destino cogitado por enquanto é apenas Londres, sucesso garantido.

Profunda inspiração nas artes

Admiração dos 600 mil visitandes da exposição